terça-feira, 1 de novembro de 2011

Um pouco de solidariedade não faz mal a ninguém

Que o ex-presidente Lula está com câncer não é mais novidade, até por que a imprensa não nos deixa esquecer. Mas o fato é que muitas pessoas estão ultrapassando os limites da sensibilidade e desejando o pior a ele.


Nas redes sociais, ainda falam que Lula deveria fazer o tratamento pelo SUS!
Centenas de e-mails pediam que Lula não se tratasse num hospital de elite, mas no SUS para supostamente mostrar solidariedade com os mais pobres. É de uma tolice sem tamanho. O que provoca tanto ódio de uma minoria?Lula teve muitos problemas --e merece ser criticado por muitas coisas, a começar por uma conivência com a corrupção. Mas não foi um ditador, manteve as regras democráticas e a economia crescendo, investiu como nunca no social.” comentou o colunista da Folha.com Gilberto Dimenstein.

Todos nós sabemos o quanto o SUS é uma triste realidade brasileira,e que merece maior atenção por parte dos nossos governantes, entretanto existem no país hospitais bons, gratuitos, e de referência mundial como o Hospital de Câncer de Barretos
,que conta com ajuda da comunidade para melhor atender seus pacientes.

Desejo sim que o ser humano Luíz Inácio tenha um tratamento satisfatório, assim como para o Gianecchini, Drica Moraes, as Marias, Josés e a todos que estão passando por essa triste situação. Que enfrentem esse diagnóstico com força e esperança
.

Deixo claro que não estou defendendo o político Lula, seu partido, etc e tal. Contesto apenas a falta de compaixão dos brasileiros ao tratarem de um assunto tão delicado.

Ps.: Dedico este post aos meus tios e ao meu priminho, todos muito queridos, que sofreram com o cancêr durante suas passagens pelo nosso mundo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Sobre o Festival de Publicidade de Gramado



Nos dia 3
1 de agosto, 01 e 02 de setembro tive a felicidade de ir para o 18º Festival Mundial de Publicidade de Gramado, foi uma experiência repleta de conhecimentos e informação. Grandes nomes da publicidade estiveram lá, como é o Luiz Lara, Dado Schneider, Sérgio Valente, Mário D’ Andrea , Renato Meirelles e muitos outros.

Aq
ui postarei algumas das tantas dicas dadas pelos conferencistas. Vamos lá?
  • Publicitário deve ser um eterno curioso. Essa não é uma dica nova, mas deve sempre ser lembrada;
  • Antes de responder, pergunte!


Luiz Lara-Presidente da ABAP e Sócio da Lew’Lara

  • O consumidor sabe aquilo que quer, mas também quer aquilo que ele não sabe;
  • Estamos vivendo na era da experiência; hoje existe um diálogo aberto entre cliente e marca. Isto pode ser observado com a expansão de marcas e empresas preocupadas com sua imagem nas redes sociais;
  • A propaganda educa, informa e entretêm as pessoas. (isso vale pra quem ainda acha que ela tem como meta apenas vender)
  • O celular pode ser sim uma nova plataforma de mídia;
  • Antes o consumidor era fidelizado a uma marca, hoje ele fica com a mesma até quando lhe é cômodo e bom;
  • Multicompetição + informação = equalização;
  • A geração Z não é influenciadora de compras, ela é decisória! E o pior, de maneira ditatorial. As crianças de hoje são muito diretas: “Mãe eu quero isso, e é agora!!”
  • O consumidor é, na maioria das vezes, levado pela emoção, por isso, encante-o!
  • Boas ideias = boas histórias;
  • Boas ideias são aquelas que emocionam e que marcam. Ficam no coração e também cérebro das pessoas;
  • Observe sempre as pessoas e suas reações;
  • Always Beta;
  • Não seja uma pessoa Photoshopmaníaca! O Photoshop pode atrapalhar a criatividade;
  • A classe C está revolucionando o mercado;
  • Use a fórmula: convergência + coragem;
  • Um consumidor não compra um Black Berry ou um iPod ,ele compra compra status, informação ou entretenimento;
  • Sempre estude sobre seu público;
  • Toda informação pode ser somada ao seu trabalho. Por isso leia Claudia, EXAME, veja Casos de Família, iCarly, programa do Jô ...
  • Não tenha medo de inovar.


Trecho da palestra de Dado Schneider


Se esforce para ser o melhor, sempre!
"O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. " Albert Einstein

terça-feira, 19 de julho de 2011

Permita-se!

Há aproximadamente um mês tive um problema de saúde inesperado e fiquei internada alguns dias no hospital. Foi uma experiência que me fez refletir um pouco sobre a vida.

Apesar de ler constantemente textos ou ver filmes que falam coisas do tipo “não deixe nada para amanhã” ou “aproveite o hoje”, observei que eu nunca coloquei em prática estes ensinamentos.

Protelamos sempre para o dia seguinte coisas que não poderiam ser adiadas e esquecemos-nos que a vida não pode esperar.

Temos em mente que o amanhã estará sempre à nossa espera, ao nosso dispor, mas nos esquecemos que a vida é feita de inconstâncias. Um acidente, uma doença, um contratempo e lá está ela, indo embora...

Vivemos em uma sociedade que a todo instante tenta nos limitar: não ame demais, não beije demais, não fale demais ... Não quero, de forma alguma, que pensem que estou incentivando os exageros. Quero apenas que as pessoas permitam-se, vivam melhor!

Aqui vai uma sincera frase de Lulu Santos: “vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos permitir!”

sábado, 18 de junho de 2011

Publicitários x Jornalistas, desavença velha e desnecessária

Recentemente nos foi dado na faculdade, um texto muito interessante escrito pelo diretor de criação da Agencia AlmapBBDO, Cássio Zanatta. Neste texto, Cássio critica o comentário do escritor Millôr Fernandes sobre os publicitários. Infelizmente essa desavença entre publicitários e jornalistas é antiga e desnecessária, visto que uma precisa da outra para ser imparcial e limpa. Segue abaixo o texto de Zanatta .

Paulo Francis já escreveu que quem não é jornalista e fica escrevendo para a imprensa não bate bem da cabeça. Mas pela primeira vez vou cometer essa insanidade e acho que por um motivo justo.

Na edição de 21 de agosto, o Estado de S.Paulo trouxe no caderno Aliás uma
excelente entrevista com Millôr Fernandes. Lá estavam seu raciocínio rápido, seu imenso talento e sua justa indignação com tudo o que está acontecendo nos esgotos de Brasília.

Mas, eis que perguntado sobre o envolvimento do publicitário Marcos Valério nos esquemas de corrupção que assolam o Planalto, o indignado Millôr fuzilou: “Não é por acaso. O jornalismo é uma profissão cujo objetivo filosófico é trazer à tona coisas que as pessoas não sabem. Tem um compromisso com a verdade. Agora, qual o objetivo filosófico da publicidade? A mentira. É mentir sobre o sabonete, a maionese, a margarina, o político”.

E mais para a frente, conclui: “Não tenho respeito pela publicidade”. Doeu. Ainda mais vindo de um homem da integridade do Millôr. Mas considero tais colocações ofensivas e explico porque.

Primeiro, como em toda profissão, há profissionais e profissionais. O fato de que colegas, por mais holofotes que os cerquem, tenham faltado com a ética não é motivo para generalizações.

Sou diretor de criação de uma das maiores, mais sérias, respeitadas e as mais premiadas agências do país, a AlmapBBDO. Que, entre inúmeras qualidades, se dá o direito de não trabalhar com nenhuma conta de governo, nem de fazer campanha para nenhum candidato.

Claro que a publicidade tem defeitos – citaria um dos mais graves o excesso de outdoors e backlights que infestam as ruas das grandes cidades.

Mas entendo que, ao posicionar o jornalismo como paladino da verdade e a publicidade como promotora da mentira, Millôr está sendo maniqueísta. Primeiro, quem possibilita ao jornalismo ser independente, imparcial, apurador, de não depender de verbas públicas nem de favores de quem quer que seja para praticar sua independência é justamente a publicidade.

Ou sejamos mais diretos: a principal fonte pagadora do salário do jornalista é a publicidade, que sustenta o jornal, a revista, a televisão, o rádio.

Sem a publicidade, não haveria imprensa livre, como bem apregoa Roberto Civita, dono da revista que paga Millôr por publicar seus brilhantes artigos. Portanto, tenha sim, Millôr, respeito pela publicidade.

Sobre qual o objetivo filosófico da publicidade, é muito simples: a publicidade existe para anunciar, promover e vender os produtos que anuncia. Filosoficamente, funciona na mesma esfera do feirante que anuncia tomates maduros e do balconista da padaria que anuncia as qualidades da sua empadinha.

E isso pode ser perfeitamente feito sem mentir, dignamente, como atesta o trabalho de nossa agência. Não somos artistas. Somos, de fato e com muito orgulho, vendedores de sabonetes e margarinas e, na minha opinião, não deveríamos ser de políticos.

Ah, sim, também somos vendedores de livros. A Almap tem o orgulho de ter em sua carteira de clientes a Companhia das Letras e de já ter anunciado autores como Paul Auster, José Saramago, Italo Calvino, Rubem Fonseca, Ruy Castro e, assim, ajudá–los a promover seus livros.

Não sejamos tão simplistas. Como não me orgulho da atitude de certos colegas, Millôr certamente deve questionar seus pares que trabalham em órgãos de imprensa controlados por políticos poderosos, que manipulam a informação de acordo com suas conveniências, contribuindo assim para a perpetuação de seus patrões no poder.

Pergunte a um político do que ele prefere ser proprietário: de uma agência de publicidade ou de um jornal?

Ousaria dizer que o jornalismo foi muito mais responsável, por exemplo, em criar a imagem de Lula do que a publicidade. Como já havia feito com Collor e FHC. Nesse raciocínio, ainda, imagino o desprezo que Millôr deve sentir pelos milhares de colegas jornalistas que trabalham em assessorias de imprensa, que recebem um justo salário para, com seu talento, promover pessoas e empresas.

Mas voltemos à entrevista. “Os caras ficam aí se gabando de que sabem fazer slogans e passam anos para criar coisas como Coca–Cola é isso aí. De quantos slogans precisam? Faço dez agora”.

Péra aí. Mas então eu começo a entender: parece que Millôr é contra a publicidade ruim, banal, que infelizmente é maioria. Ou talvez seja contra os publicitários “ficarem se gabando”. Convenhamos: de fato, muito espaço é inutilmente gasto para a autopromoção de publicitários. Ocupamos páginas de Caras demais e Exame de menos.

Mas então volto à minha agência: apesar de ser de longe a mais premiada do país, é provável que Millôr nem soubesse da nossa existência. Nem nunca deve ter ouvido meu nome. Nem dos sócios da agência. Ótimo, estamos no caminho certo.

Enfim, gostaria de acreditar que tal generalização tenha sido mais fruto de uma indignação atropelada do que de um raciocínio coerente. Não sou defensor de minha classe nem tenho procuração para isso. Só resolvi escrever porque, ao terminar de ler a entrevista, olhei para meus filhos Pedro e Maria brincando na sala, e pensei no que um dia eles pudessem pensar de mim.

Cássio Zanatta (zanatta@almapbbdo.com.br) é diretor de criação da AlmapBBDO.

Fonte: [Webinsider]

http://webinsider.uol.com.br/2005/09/13/sobre-millor-e-a-falta-de-etica-na-publicidade/

Título original: Sobre Millôr e a (falta de) ética na publicidade, 13 de setembro de 2005.


domingo, 5 de junho de 2011

Para um mundo com menos ridículos





Ocorreu no dia 4 de junho, em São Paulo uma marcha que mobilizou 300 pessoas na Avenida Paulista, o movimento foi denominado “Marcha das Vadias”.

A marcha é versão brasileira realizada mundialmente, a "Slut Walk". Essas pessoas protestam contra a responsabilização da mulher nos casos de violência, ou seja, que para evitar estupros as mulheres deveriam parar de usar roupas curtas, por exemplo.

Além de ser um machismo ridículo essa afirmação é totalmente descabida. Querer passar para as vítimas a culpa é totalmente inaceitável!

E para piorar as coisas, o ilustrissímo apresentador do CQC , Rafinha Bastos teve a capacidade de falar o seguinte trecho: “ Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso não merece cadeia, merece um abraço.”

Se o cara quer ser polêmico e quer dar ibope pinta o cabelo de verde e azul, sai pelado na rua, vira apresentador do CQC ou sai por ai vestido de ET, tudo isso é muito melhor que chegar a falar tantas porcarias. O estupro não pode virar piada, as suas consequências são drásticas na vida de muitas mulheres, afetando sua saúde física e psicológica.

De acéfalos e machistas, o mundo está cheio. Por isso, devemos nos conscientizar que pessoas como o humorista citado saibam que seu lugar não é na mídia, ganhando dinheiro às custas de um humor retrógrado, machista e de baixo nível.

Fiz o compromisso comigo mesma de desligar a TV na hora em que estiver passando o programa do ilustríssimo Bastos, por que se ele fala esses absurdos para ter audiência, ele pode até ter, mas não com a minha contribuição.